EDITORIAL
             A cada ano, dobra a quantidade de informações que recebemos. Até algum  tempo atrás, isso acontecia em décadas. Como dar conta desse imenso  fluxo de palavras, dados, imagens, vídeos e conhecimento? 
             Por sorte, ao mesmo tempo que esse volume de novidade cresce, as  tecnologias que nos auxiliam no manejo de tudo isso se inovam e acabam  virando verdadeiras aliadas do conhecimento e da praticidade. Já pensou  como seria se dependêssemos do papel para tudo que precisássemos saber  ou transmitir? Ou se, então, tivéssemos apenas nossa memória, limitada,  para pesquisar coisas e histórias?
             Fato é que estamos na era digital. Clichê, porém verídico e funcional.  Não existe mais o impossível. Se, por exemplo, já conseguimos reunir  todas as informações de safra, produção, validade e lote de um  determinado produto em um desenho, que conhecemos por “código de  barras”, por que ainda não fizemos isso com nossos jornais, revistas,  filmes, áudios e memórias? Não seria tão mais simples colocarmos todas  as informações de um determinado assunto em um só lugar? Se já  conseguimos reduzir os espaços nos rótulos das embalagens de produtos,  por que ainda não fizemos o mesmo com nossos jornais, ajudando também a  natureza? Isso não tinha acontecido até agora porque os alunos do sexto  período de jornalismo da PUCPR, da disciplina de Novas Mídias, ainda não  conheciam o tal do QR Code, oras.
             Mas, afinal, o que é o QR Code? Poderíamos defini-lo como “o novo  poder”, ou como “a solução dos nossos problemas”, ou até como “um código  secreto que pode ser usado para dominar o mundo”. Mas, na verdade, o QR  Code é simplesmente um código plano, um “desenho bonitinho”, que pode  guardar qualquer tipo de informação digital. Com um aparelho celular,  qualquer pessoa pode scannear esse código e ter acesso ao que ele  estiver armazenando. Parece mágica, não? Não. Isso é a tecnologia a  favor da nossa criatividade e da nossa nota bimestral. 
             Uma tecnologia simples, porém inovadora e eficiente, que pode ajudar a  memória nacional e o meio ambiente também - uma vez que evita o  desperdício de papel. E se, ao invés de panfletos nos museus, códigos  fossem colados nas paredes? Não é um saco quando te entregam um panfleto  que você simplesmente não quer ler? Com os códigos colados em paredes,  você só acessaria o que tivesse interesse, diretamente do seu celular.  No caso de muita informação, você levaria para casa apenas o código  contendo a história de tal obra, e não uma revista inteira falando sobre  “a história do pigmento da tinta que foi usada para pintar a pupila do  olho da mulher do quadro”. As memórias de prédios históricos, por  exemplo, seriam revividas e repassadas a novas pessoas de maneira  segmentada, lúdica e interativa, evitando o incômodo de voltar pra casa  com mil folhetos que, certamente, hora ou outra, iriam para o lixo.
             Falando em prédios históricos, aqui em Curitiba temos o Edifício Asa.  Um antigo prédio que ainda é lenda – com várias lendas dentro dele. Ele  fica no centro da cidade, área por onde circulam milhares de pessoas por  dia. O que um prédio tão antigo tem de especial nos dias de hoje, onde  tudo gira em torno da modernidade? Bom, isso é o que você vai descobrir  com a gente. 
            Vamos começar falando do... 
Ei,  espere! Por que eu vou fazer você ler milhares de páginas sobre  assuntos e histórias que, talvez, não te interessem? Faz assim: veja os  temas que preparamos para você e use o seu celular para acessar os  códigos e conhecer um pouco mais sobre essas histórias, notícias e  memórias. Fechado? 
por Gabriela Vicentino
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